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O CAMINHO, AS PEDRAS E OS ESPINHOS




De forma bem rápida, uma ilustração contada por Jesus diz que certo dia uma semeador saiu a semear. Umas semente caíram à beira do caminho e logo os pássaros vieram e as comeram. Outras caíram onde havia muitas pedras e pouca terra; elas brotaram, mas veio o sol, as queimou e, por não ter raízes, secaram. Outras ainda caíram entre espinhos; estes cresceram e sufocaram as plantas. Por fim houveram aquelas que caíram em boa terra e produziram muito. O livro é Mateus e o capítulo é o 13.
Por que sempre pensamos de maneira arrogante e achamos que somos a terra fértil? Essa foi a pergunta que me fiz ao terminar de ler a Parábola do Semeador.

É incrível, percebi, como temos a impressão de que essa Parábola é apenas para aqueles que ainda não tomaram sua decisão de servir ou não a Cristo. A verdade é que é para qualquer um que está ouvindo a Palavra de Deus; a semente.
Diariamente a Palavra do Senhor é pregada para muitas pessoas e os cristãos também a ouvem sempre. Então o que nos garante que somos a terra fértil? Como sabemos se não estamos apenas nos enganando? 
A resposta é bem simples, na verdade. Estamos entendendo, de fato, o que estamos ouvindo? Pergunto isso porque quando a palavra é boa todos parecerem aceitar bem. Mas e quando ela é mais dura e mostra o nosso erro? Parece que a mesma palavra serve para qualquer outro que não seja nós mesmo, certo? Se for assim, não houve entendimento. 
A beira do caminho 
Somos nós quando ouvimos a palavra, mas não permitimos que o Espírito Santo nos dê entendimento. Não aceitamos a mensagem do Reino por “n” razões. Fechamos os nossos olhos, tapamos os ouvidos e fingimos que não é conosco (Mateus 13:15, 19). 
A palavra não surte efeito em nós porque, por não darmos ouvidos, o Maligno vem e leva embora a semente lançada. Podemos ser cristãos há anos ou há poucas horas, mas se não dermos ouvidos a Palavra do Senhor somos “a beira do caminho”. 
Entre as pedras 
Somos assim quando deixamos que o medo de julgamentos de outras pessoas, as perseguições, nos impeçam de continuar seguindo nossas vidas de acordo com o que nos foi orientado pela Palavra. Não temos raízes. 
Se não estivermos arraigados em Jesus, a alegria inicial não durará muito. Ela logo vai embora (Mateus 13:20-21 / Colossenses 2:7). 
Se não estivermos enraizados em Cristo morremos. 
Os espinhos 
E quantas e quantas vezes, por falta de confiança em Deus, por não descansarmos em Cristo, permitimos que as preocupações nos sufoquem e nos impeçam de produzir frutos (Mateus 13:22). Nos preocupamos demais com nós mesmo para produzir frutos para o Reino do Senhor. 
Assim, não demos apenas pensar que já somos a boa terra. Quantas vezes nos fazemos de surdos à voz do Senhor? Quantas vezes já nos calamos por medo do que outros pensariam? Quantas vezes nos preocupamos com nossa vida e nossos problemas e nos esquecemos do Reino de Deus? 
Eu mesma não sou sempre e todas as vezes a boa terra. A boa terra ouve a Palavra com alegria e, bem cuidada pelo Espírito Santo, logo brota e frutifica, obedecendo tudo conforme ouviu.  
Precisamos diariamente do Espírito Santo pedindo em oração: “Espírito Santo, vem arar essa terra que é o meu coração e me ajude a frutificar. Sem você não há nada que eu possa fazer.”. 
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         "Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos." (Tiago 1:22) 


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